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»CIDADANIA EM TONS DE LILÁS

02/03/2015


SEASDH, SETRANS e Rio Solidario lançaram, nesta segunda-feira (2 de março), em parceria com a SuperVia e o Banco Mundial, o Projeto Via Lilás. A ideia é acolher, orientar e capacitar mulheres vítimas de violência doméstica.


O Lilás é a cor de março, o mês das mulheres. Também pinta, em seus diferentes tons, a marca da dignidade. Agora, as vítimas de violência doméstica no Rio de Janeiro contam com um parceiro para ter a garantia de cidadania plena. É o Via Lilás. Um projeto lançado pelo governo do Estado, na manhã desta segunda-feira (dia 2), no Complexo do Alemão, para orientar, capacitar e acolher mães, avós, tias e filhas que sofrem com a criminalidade em casa.


O lançamento do projeto marca a abertura do mês lilás, uma alusão aos festejos do 8 de março, o Dia Internacional da Mulher. Ao longo desse período, serão várias ações, tendo como principal foco o alerta para a importância de prevenir a violência de gênero. 
Desenvolvido pelas Secretarias de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH) e de Transportes (SETRANS), em parceria com o RioSolidario, Banco Mundial e SuperVia, o Via Lilás deu seus primeiros passos em uma solenidade realizada na Estação Bonsucesso do teleférico do Alemão. Participaram do lançamento a primeira-dama do Rio e presidente do RioSolidario, Maria Lúcia Horta Jardim, a diretora-executiva do Banco Mundial, Sri Indrawati, o presidente da SuperVia, Carlos José Cunha, e os titulares da SEASDH, Teresa Cristina Cosentino, e da SETRANS, Carlos Roberto Osório.


No Alemão, as autoridades, que usaram echarpes lilás como sinal de adesão ao projeto, apresentaram os totens interativos criados exclusivamente para a iniciativa. São, ao todo, 93 unidades.


Com esses computadores, as mais de 300 mil passageiras que usam as estruturas de trens urbanos e bondinhos da SuperVia podem acessar informações importantes sobre leis, direitos e serviços de saúde e segurança especializados para as mulheres oferecidos na cidade do Rio e da Baixada.


Com apenas um toque na tela, como se fosse um telefone do tipo smartphone, as mulheres que passam pelas 14 estações incluídas no Via Lilás têm as portas abertas para o projeto. Não precisa colocar o nome. Assim, o anonimato fica garantido. Se a usuária quiser, pode digitar o telefone e receber, por mensagem de texto, as informações contidas nos computadores.


Ao encerrar a solenidade, a primeira-dama do Rio e presidente do RioSolidario, Maria Lúcia Horta Jardim, disse estar muito feliz com o lançamento do Via Lilás e elogiou todos os parceiros da iniciativa. Ela citou a implantação das creches, previstas no projeto, como um importante diferencial nas políticas públicas de gênero.


“As mulheres terão como deixar os filhos em segurança para se qualificar. Capacitação assegura mais cidadania para as mulheres.”


A diretora-executiva do Banco Mundial, Sri Indrawati, salientou a importância do trabalho desenvolvido pelo Estado do Rio com esse projeto. Falando em inglês e com ajuda de intérprete, declarou:


“Devemos valorizar a parceria como essa para poder garantir uma vida melhor para essas mulheres. Agradeço à primeira-dama e as demais autoridades por ajudar a desenvolver políticas de igualdade de gênero”, afirmou.


A representante do Banco Mundial, que investiu US$ 15 milhões no projeto, elogiou a Lei Maria da Penha, definindo como “a melhor do mundo.” Também salientou a importância do empoderamento das mulheres. “Temos um longo caminho pela frente, mas temos a certeza de que continuaremos com esse compromisso.”


Para a titular da SEASDH, Teresa Cristina Cosentino, a implantação do Via Lilás é uma referência para as políticas afirmativas de gênero. “Estamos garantindo a essas mulheres condições de exercício pleno da cidadania”, declarou. A secretária enumerou as etapas distintas do projeto e também citou a importância de cada uma delas.


“Vamos tratar de violência contra as mulheres. Não só a violência física. Existem outros problemas graves, como a violência psicológica. Com os totens, vamos orientar e depois teremos as creches para garantir que essas mulheres consigam participar das atividades de qualificação, assegurando a cidadania e a dignidade.”


O titular da SETRANS, Carlos Osório, falou sobre a importância da utilização do sistema de transportes urbanos para valorizar a iniciativa. “O projeto é muito especial, pois conseguimos usar o transporte público para ajudar a proteger as mulheres.”


Nessa mesma linha, o presidente da SuperVia, Carlos José Cunha, lembrou o perfil dos usuários de trens no Rio. “São 53% de mulheres todos os dias passando pelos trens e pelo teleférico. É uma felicidade enorme participar de um projeto como esse.”

 

SOLENIDADES


O lançamento do Via Lilás começou um pouco depois das 9h desta terça-feira. Antes da cerimônia oficial no Alemão, o presidente da SuperVia recebeu as autoridades no centro de operações, perto da Central do Brasil. Todos conheceram de perto a estrutura de comando do sistema, responsável pelo transporte diário de quase 700 mil pessoas por dia.


Em seguida, as autoridades seguiram para a Estação Bonsucesso, que faz parte da estrutura da SuperVia no Alemão. Nada de carro. Todos foram em um dos 16 vagões decorados com as cores do projeto de cidadania: o lilás. Na composição nova e com ar-condicionado, a viagem foi rápida e tranquila. E foi possível ter a experiência dos usuários diante da novidade.


O trem caracterizado chegou à Estação Bonsucesso e logo os passageiros foram orientados a subir até o local da cerimônia. Jovens treinadas pela Subsecretaria de Estado de Política para as Mulheres davam as boas-vindas e distribuíam panfletos sobre o projeto. Também mostravam como utilizar os totens. No chão e nas paredes, há marcas do Via Lilás. Por todos os lados.

 

Depois dos discursos e da inauguração formal de um dos totens, a comitiva seguiu para a estação do Morro do Adeus, em bondinhos do teleférico, para acompanhar a apresentação de dança das bailarinas mirins da comunidade. Depois de muitas fotos e de conversas com as crianças e adolescentes, as autoridades encerraram a visita.


Também participaram das solenidades o coordenador de Operações do Banco Mundial no Brasil, Boris E. Utria, e os deputados estaduais Martha Rocha, Zaqueu Teixeira e Enfermeira Rejane.


Em nome do movimento de mulheres, estavam a subsecretária de Política para as Mulheres do Estado, Marisa Chaves, e a secretária de Mulheres da cidade do Rio, Ana Rocha. A comunidade do Complexo do Alemão foi representada pela líder do Morro do Adeus, Danúzia Thomás.


Da SEASDH também marcaram presença o subsecretário Marcos Wolf e a chefe de gabinete Carla Góes.


O PROJETO


O Via Lilás é um projeto com duração prevista de um ano, podendo ser prorrogado por igual período. A ideia central é contar com a estrutura da rede de trens urbanos para atingir o maior número de mulheres possível. . Os trens da SuperVia passam por 12 cidades e contam com 270 quilômetros de trilhos. Um dos focos do projeto é transformar esse sistema em referência para as mulheres quando o assunto é mobilidade urbana.

A meta é executar as ações em fases distintas. A primeira delas é a orientação. Nas estações onde foram instalados os totens, equipes do Via Lilás estarão prontas para apresentar as diretrizes e encaminhar as mulheres que utilizam o transporte sobre trilhos para fazer consultas.

Depois de consultar os totens e obter informações sobre direitos, as mulheres terão acesso a equipamentos que serão habilitados especialmente para o Via Lilás. São as Casas Lilás, que funcionarão na Pavuna, na Zona Norte do Rio, e em Nova Iguaçu, na Baixada. Lá, haverá cursos de capacitação, atendimentos de saúde e jurídico, além de atividades culturais.

Outra novidade é a criação de Creches Lilás. Com isso, as mulheres poderão deixar os filhos com conforto e segurança, sem pagar nada pelo serviço, em equipamentos instalados bem perto das estações. Assim, terão condições de se dedicar às atividades propostas pelos centros de acolhimento. 

 

 

 

 

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