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»EVENTO REÚNE MULHERES EM HOMENAGEM PELO DIA 8 DE MARÇO

09/03/2015



 Tempo para lembrar as conquistas dos últimos anos. Momento também para refletir sobre as novas bandeiras de luta. E, principalmente, uma grande oportunidade para festejar. O 8 de março, o Dia Internacional da Mulher, em todos os seus aspectos e importância como símbolo maior do mês lilás, foi o tema central do encontro realizado nesta segunda-feira (9), no Auditório Adauto Belarmino, no prédio da Central do Brasil, no Centro do Rio. O evento reuniu servidoras, colaboradoras, representantes do movimento feminista e autoridades. Teve como marco a integração de todos os que participam ativamente da construção e execução das políticas públicas na Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH).


Sob o comando da titular da SEASDH, Teresa Cristina Cosentino, o evento teve de tudo um pouco. Começou com um café da manhã e teve risos e emoção. Uma esquete teatral do grupo Marias da Graça animou o auditório, que ficou lotado. Um vídeo institucional produzido para o lançamento do Projeto Via Lilás, lançado no último dia 2 para orientar, capacitar e acolher vítimas de violência, deu o tom de alerta. Apesar de todos os avanços, é preciso, com urgência, assegurar às mulheres de todo o País o direito de viver em paz e sem a ameaça da criminalidade doméstica.


Na cerimônia formal, a mesa das autoridades mostrava a importância das mulheres para a gestão das políticas de assistência e direitos humanos. O sexo feminino em peso. Nos discursos, mensagens sobre os desafios para a garantia de melhores condições de emprego, salário e, sobretudo, de autonomia para mães, avós, tias e jovens, que lutam por igualdade de condições com os homens, em pleno século 21.
“Temos que comemorar os avanços. Afinal, antigamente, nós não podíamos fazer coisas que hoje fazemos. Votar, por exemplo. Mas é preciso falar sobre os direitos a uma vida sexual plena e sobre a autonomia para as mulheres’, afirmou a titular da SEASDH, Teresa Cristina Cosentino, ao sintetizar a ideia dos festejos do 8 de março.


Ela ressaltou, ainda, a importância de preservação das meninas mais jovens. Ex-presidente da Fundação para a Infância e Adolescência (FIA), por quatro anos, Teresa Cristina Cosentino, alertou: “Não podemos aceitar a sexualização precoce de crianças. Essa luta tem que começar em casa, com os pais.” Essa preocupação também foi o tema levantado pela presidente da FIA, Ângela Macedo. “É preciso cuidar dessas crianças desde cedo”, observou.


A violência doméstica e a pouca representatividade política nos parlamentos estaduais e no Congresso federal foram temas abordados pela subsecretária de Estado de Políticas para as Mulheres, Marisa Chaves. Em discurso que arrancou aplausos, ela destacou o lançamento do Via Lilás como importante ferramenta para as ações desenvolvidas pela SEASDH. 
“A cada dia, uma mulher é assassinada no Rio de Janeiro. E os autores são pessoas conhecidas das vítimas. Lançamos o Via Lilás para assegurar às mulheres o direito de ter informação e acolhimento”, observou Marisa. A subsecretária listou os instrumentos previstos no projeto para garantir a efetividade dessa política pública.


“Vamos instalar, ao todo, 93 totens interativos nas estações de trens da SuperVia. Construiremos creches para permitir que as mulheres deixem seus filhos para participar das atividades de inclusão nas Casas Lilás”, acrescentou a gestora, lembrando que é preciso ter mais representantes na política. “De 70 deputados no Rio, só tempos oito mulheres. Devemos ampliar esse espaço de poder.”


Representado as deputadas estaduais, Martha Rocha, ex-chefe da Polícia Civil, destacou as conquistas dos movimentos sociais, como o programa que deu origem às delegacias especializadas da mulher. “Começamos em 1991 e esperamos muito mais. Sem perder a esperança.”


Conselheira estadual dos Direitos da Mulher, Cristina Dorigo representou o movimento feminista. Ela lembrou que a luta hoje é por melhores condições de emprego, renda e salário, mas sem perder de vista o grave problema da violência. “Estamos buscando uma sociedade mais igual e lembramos as dificuldades enfrentadas pelas mulheres, atualmente. Principalmente, as negras”, declarou.


A luta contra as violações e a busca pela autonomia também foram salientadas pela subsecretária de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos,. Andréa Sepúlveda. “O principal fundamento dos direitos humanos é a autonomia. Precisamos lembrar as conquistas, mas sempre buscar mais nessa luta.”
As conquistas das mulheres e a importância delas para a sociedade atual foram lembradas pelas subsecretárias Nelma Azeredo, de Descentralização da Gestão, e Lúcia Modesto, de Integração de Programas Sociais. “Estamos numa mesa de solenidade só de mulheres. E nós temos muitas coisas para comemorar”, comentou Nelma. “A sociedade, hoje, tem as mulheres à frente da maioria das famílias beneficiadas pelos programas de complemento de renda. Precisamos agora avançar mais”, completou Lúcia.


Em março, o mês lilás, a SEASDH promoverá outras ações para as mulheres. No 19, haverá ação especial no largo da Carioca, das 9h às 16h. Emissão de documentos, saúde, beleza e assistência psicológica e jurídica fazem parte do projeto Rio Lilás, desenvolvido em parceria coma Rede Capital, colegiado formado por órgãos públicos e sociedade civil organizada.


Entre os dias 24 e 31, o espaço cultural do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim), no centro, será palco de debates, exposições conferências sobre o movimento de mulheres.


 

 

 

 

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